quinta-feira, 13 de maio de 2010

suavidade...


O Mosteiro na margem do Rio Piedra está cercado por uma linda vegetação, verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha. Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras. Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água. Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore:


"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, e sim a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir".

* * *

Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso íntimo, realizando a reforma de nossas almas com o objetivo de encontrar felicidade. Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso mundo, realizando sua modificação para melhor. O martelo que destrói está nas críticas cruéis, nas palavras grosseiras que saem de nossas bocas e ferem a auto-estima das pessoas à nossa volta. Enquanto a doçura da água está nos conselhos edificantes, na atenção e paciência com que ouvimos a alguém, nas palavras de estímulo, no elogio animador. O martelo destruidor está no acúmulo da culpa em nosso coração, na auto-exigência desequilibrada, na falta de amor próprio. A docilidade da água está na compreensão de nossas dificuldades, no auto-perdão, e na disposição constante para corrigir os nossos erros. Em nossos dias, na análise de nosso comportamento, de nossas ações, lembremos sempre da delicadeza da água moldando as rochas através dos tempos. * * *

A suavidade, a delicadeza, são o amor expresso nas pequenas coisas, nos gestos aparentemente simples, mas que revelam nossa preocupação com o próximo.

Redação do Momento Espírita, com base em Yomaktub. Em 25.07.2008.

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